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Medo ou Fobia?

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Freqüentemente, o termo fobia acaba sendo associado a um a outro tema: o medo. No entanto, o medo é uma reação ansiosa frente a situações de perigo, comum a todo ser humano em algum momento de sua vida. E a fobia constitui-se por um temor incontrolável e tem como elementos principais, o medo e as angústia. O medo, por si só, é uma emoção saudável, não patológica, ele nos alerta e nosso potencial ativo. O problema surge quando o temor torna-se incontrolável e como fobias torna um preconceito o desenvolvimento saudável bem como sua autoconfiança e autoestima.

Uma pessoa que apresenta uma fobia tem consciência da presença de seus medos, de sua intensidade infundada e muitas vezes de seu temor descabido. Os temores geralmente não exibem uma explicação sensata e lógica, e só serão considerados como fóbicos quando for injustificáveis ​​pelo próprio paciente e, concomitantemente, primeiro podem produzir reações adversas comandadas pelo sistema nervoso autônomo (Ballone, 2005).

De acordo com CID-10 (1993), Fobia, é especializada por três tipos fundamentais: Agorafobia (medo de deixar seu domicílio, medo de lojas, de multidões e locais públicos, ou medo de viajar sozinho em trem, ônibus ou avião); Fobias Sociais (medo de ser exposto à observação atenta de outrem, que leva a evitar situações sociais); e Fobias específicas (medos determinadas a determinadas circunstâncias como a proximidade de determinados animais, locais elevados, trovões, escuridão, viagens de avião, espaços fechados, utilização de públicos, ingestão de determinados alimentos, cuidados odontológicos, ver sangue ou ferimentos) (CID - 10, 1993).

Sigmund Freud, o fundador da Psicanálise, classifica a fobia em dois padrões. A “Fobia Comum”, que seria medo exagerado de coisas que as pessoas temem de alguma forma, como medo de escuro, animais peçonhentos, solidão, doenças, morte, etc. E a chamada “ Fobia Contingente”, que diz respeito ao grande medo em condições especiais, em certos ambientes, como a agorafobia e outros relativos à locomoção.

A psicanálise propõe formas terapêuticas como interpretação de sonhos, associação livre, análise dos esquecimentos, dos chistes e atos falhos, além da transferência do paciente para o seu analista. No famoso caso do pequeno Hans, o garoto que tinha fobia por cavalos, a forma terapêutica aplicada foi parecida com a utilizada na interpretação dos sonhos, onde se reunia fragmentos do cotidiano e utilizava associações livres até que houvesse uma elaboração com significado para o próprio sujeito.

Com a associação livre, pela fala é possível oferecer um sentido para aliviar a angústia e o sofrimento. Através da análise o psicanalista ajudará o paciente a construir um saber sobre si a partir do sintoma, e assim elaborar um novo significado e modo de relação com sua fobia, sendo capaz de tomar novas decisões a partir das descobertas em sua análise.

Referências

  • BALLONE, G.J. Alterações do Pensamento. Disponível em <http://www.psiqweb.med.br/ cursos/pensam.html>,2005.
  • BASTOS, A. Um exercício rigoroso de investigação clínica. Revista do Departamento de Psicologia - UFF, 19(2), 317-324, 2007.
  • Cid-10.  Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10. Porto Alegre: ArtMed, 1993.
  • FREUD, S. Obsessões e fobias: seu mecanismo psíquico e sua etiologia. In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, 1895.
  • FREUD, S. Análise de uma Fobia em um Menino de Cinco Anos. Rio de Janeiro:Imago,1990 (Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud,v. X), 1909.
  • GORI, C.A. Considerações sobre a sintomatologia na histeria de angústia e na paranóia. Revista Mal-estar e Subjetividade, 5(2), 328-343, 2005.
  • GURFINKEL, A.C. Fobia. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2001.
  • Ramos, M.B.J. Fobia: Cisão do Eu e Cegueira. Estudos de Psicanálise. Ago, nº 30, p.87-94, 2007.
  • Vargas, G.C; Oliveira, I.C.V; Ribeiro, K.C.S. Freud e Hitchcock: comparação de quadros de fobia. Lat. Am. j. fundam. psychopathol. On line, mai, vol.5, no.1, p.56-58. 2008.
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